quinta-feira, 10 de maio de 2018

NASCEMOS PARA PERDER CASCAS


Para alguns poucos, que dizem não saber de nada... Na era da arrogância, assumir sua santa ignorância é alimentar que o saber não significa sobrar soberba, nem mesmo, subir. É buscar o sábio e não o sabido. Estar desperto sem se preocupar em ser esperto . A santa ignorância aprende mas não apreende. Entende que a besta é fera porque por si só se basta, de si e seus sinais em seu casulo, cláusulas de competência específica para encerrar-se nos muros das certezas que soam como mortalhas.A ignorância é radical porque toma as coisas pela raiz. Está aberta, apaixona-se pelo processo , encanta-se pelo enredo mas não se enreda pelo novelo. Ela entende que não são as asas que possibilitam o vôo mas as tentativas. Quer o movimento irregular dos rios e não o dos pêndulos.Não tem planos nem metas, mesmo para a metamorfose. Faz do porto um ponto de partida em permanente parto porque celebra a vida. A vertigem da ignorância é aceitar o "não sei" feito lucidez lúdica para escapar do jugo belicoso do " não -sim". A visagem da ignorância é a constante luz além do limbo.CLAMA: a diferença nos une.RECLAMA:a diferença nos fará imunes ao contágio totalitário. Ao absoluto, o nosso luto. O ignorante confia no desafio. Quer mais autores e menos autoidades. Desdenha todas as tribos. O que fraciona é fraticida.Podemos reconhecer no desconhecimento uma aliança quando a gente decide ser.Quando a gente afirma "SEI", seremos serenos, leves, solidários, à espera do contràrio , do contraponto que rasga, não por mal, mas para nos ensinar que NASCEMOS PARA PERDER CASCAS . A estupidez precisa de um basta, a imbecilidade cria castas, as feras são bestas que por si só se bastam, mas os ignorantes serão este improvável plasma infinito em exercício permanente do vir-a-ser para o servir. Contra o demônio do domínio.Pois, se é do EU é céu e se é do EGO é cego. Amém para todos nós...

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